Uma família que retornava da cidade de Afogados da Ingazeira, região do alto sertão pernambucano, sofreu gravíssimo acidente, quando trafegava pela BR 116/Norte (Santos Dumont), na manhã desta sexta-feira (02), com destino para a cidade de São Paulo, onde reside no bairro do Itaim Paulista.
O acidente aconteceu por volta das 10h da manhã desta sexta-feira (02), no km 252, trecho entre os povoados de Tanque do Rumo – município de Quijingue, e Cajueiro – município de Tucano, e envolveu uma picape Ford Ranger, de cor branca e placa não anotada, e um utilitário Fiat Doblo que transportava cinco pessoas de uma mesma família.
Segundo José Adelmo Alves de Gois, condutor do Fiat Doblo, a picape Ranger tentou uma ultrapassagem forçada e, sem poder concluir a manobra retornou para a pista da direita forçando a saída do Doblo para o acostamento na tentativa de evitar a colisão; porém, a manobra não obteve êxito, pois o Fiat Doblo ao trafegar pelo acostamento teve dois pneus estourados e descontrolado voltou para a pista e capotou.
Além de José Adelmo, que sofreu luxação de costela e escoriações pelo corpo, o filho Alan Clayton Silva de Gois sofreu ferimento na cabeça e forte pancada no braço, enquanto a esposa Claudete Silva de Gois, também com escoriações pelo corpo, todos sem gravidade.
As vítimas foram socorridas por dois rapazes de nomes José Nilton Junior e Jaildo Costa, o primeiro residente no povoado de Pinhões, município de Euclides da Cunha, que viajavam em uma caminhonete para a cidade de Tucano e passavam pelo local na hora do acidente. As vítimas foram atendidas no Hospital Municipal ACM, onde receberam atendimento médico, sendo posteriormente liberadas, pois não corriam risco de morte, segundo avaliação médica.
O fato foi comunicado a 25ª Coorpin e uma equipe do IML foi deslocada para o local. Apesar de o acidente ter acontecido na área do Município de Tucano, a ocorrência policial foi registrada na 1ª Delegacia Distrital de Polícia de Euclides da Cunha, pois na DT de Tucano, não houve expediente nesta sexta-feira, segundo informações de um agente policial de plantão na 1ª DT.
A família acidentada havia deixado Afogados da Ingazeira na manhã desta sexta-feira, com mais dois veículos de parentes seguiam para São Paulo, sendo que um deles perdeu o contato e prosseguiu bastante adiantado, pois faria uma parada em uma cidade de Serra, Estado do Espírito Santo, para rever parentes e, para isso, teria que mudar de rodovia seguindo pela BR 101.
Quando já se encontravam próximo da BR 101, – região de Feira de Santana – foram avisados pelo telefone celular sobre o acidente e retornaram para acompanhar e ajudar aos acidentados nas providências cabíveis.
Quando já se encontravam próximo da BR 101, – região de Feira de Santana – foram avisados pelo telefone celular sobre o acidente e retornaram para acompanhar e ajudar aos acidentados nas providências cabíveis.
Um serviço funerário da cidade de Afogados da Ingazeira foi contratado para o traslado dos corpos para a terra natal da família, que havia passado os festejos natalinos com familiares e amigos, com promessa de despedida de voltarem no mês de junho de 2015.
Desolados e profundamente abatidos, familiares e amigos que haviam chegado de Pernambuco, no início da noite, principalmente José Adelmo, que mesmo com luxação na costela e a perda da sogra e do filho, reunia forças para adotar providências para viabilizar o traslado dos corpos para Afogados da Ingazeira, não perdiam a esperança de terem os corpos liberados, ainda na noite de sexta-feira, porém, não foi possível e só aconteceu na manhã deste sábado, por volta das 11h.
Os familiares, bastante chocados e inconformados com as perdas dos entes queridos, pernoitaram hospedados em um HOTEL
da cidade e na manhã deste sábado seguiram viagem de volta para Afogados da Ingazeira, onde aguardarão a chegado dos corpos, a serem velados na residência da família e na manhã deste domingo (04) seguirá para o povoado de Carapuça, onde serão sepultados.
Nesta sexta-feira, José Adelmo ao se despedir dos rapazes da caminhonete que providenciaram o socorro das vítimas e o transporte das bagagens, além de ficarem até às 19h na companhia da família, perguntou quanto seria o valor do serviço prestado e teve como resposta ‘nada a receber’ e o proprietário da caminhonete justificou: “O que fizemos foi um ato de solidariedade. Fiquei comovido com os corpos caídos na pista ao lado do carro, retirados por José Adelmo que ajoelhado, parecia pedir forças a Deus, enquanto algumas pessoas passavam, tiravam fotos com o celular e seguiam viagem”, justificou.
Sensibilizado com a atitude dos rapazes, José Adelmo (segundo na fotografia da esquerda para a direita, entre Nilton e Jaildo) tentou presenteá-lo com um aparelho GPS, o que também não foi aceito. “Não adianta insistir, pois não queremos nada do senhor nem da sua família. Vocês sofreram perdas irreparáveis”, reforçou. Com apertos de mão, os dois se despediram dos familiares, mas retornaram na manhã deste sábado para saber sobre o desfecho do acontecimento.
Por volta das 11h30, o carro funerário, acompanhado de familiares que vieram de Afogados da Ingazeira e Recife, deixou o pátio do Complexo Policial Civil em direção à terra natal das vítimas.
Foi mais um acidente acontecido na BR 116/Norte (Santos Dumont) o primeiro do ano neste trecho, causado pela imprudência de um motorista de uma picape conduzida irresponsavelmente, fato que se tornou comum entre veículos Hilux, Mitsubishi, Ranger, entre outros desta categoria, cujo condutor acredita na potência do motor e acha que não deve ficar atrás de outros veículos de menor porte, principalmente nos locais de ultrapassagem proibida e não calculam a velocidade do veículo que trafega no sentido contrário e nem na velocidade que precisa para ultrapassar e retornar à sua mão de direção sem ter que obrigar o veículo ultrapassado a reduzir bruscamente a velocidade e até mesmo evitar uma colisão lateral ou empurrá-lo para o acostamento, sempre sem manutenção e cheios de buracos, que quando não provocam acidente da natureza igual ao desta reportagem, provocam danos materiais consideráveis no veículo. E, o pior, os causadores de acidente nunca param para prestar socorro às vítimas, isso, quando também não são vítimas da própria imprudência e arrogância nas estradas.
Euclidesdacunha.com
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