
Fenômeno não poderá ser visto do Brasil. Melhor visão será da Antártida
O primeiro eclipse solar de 2014 ocorrerá nesta terça-feira. Mas só quem estiver bem ao sul da Linha do Equador poderá vê-lo, na Austrália, Antártida ou sul do Oceano Índico.
Será um eclipse anular, aquele em que a Lua entra na frente do Sol, mas não o cobre totalmente, deixando um anel de luz ao seu redor. Isso acontece porque a Lua estará em um ponto mais distante da Terra, fazendo com que o satélite pareça menor. À luz do dia, animais começarão a agir como se começasse a anoitecer e estrelas poderão ser vistas no céu. A melhor visão deste breve anel de fogo será da Antártida.
O segundo eclipse solar de 2014, em 23 de outubro, será parcial, quando a Lua não fica exatamente na frente do Sol, e poderá ser observado apenas do Oceano Pacífico e do Alasca.
(Com Estadão Conteúdo)
Os principais eventos astronômicos de 2014
Eclipse total da Lua

O eclipse vai começar às 3h da manhã. Por volta das 4h, se inicia a fase total do eclipse, quando a Lua some atrás da sombra da Terra. Às 5h24, o satélite começa a sair da escuridão, e ressurge inteiramente às 6h33.
No dia 8 de outubro haverá outro eclipse total da Lua. Mas este terá início quando o dia estiver clareando para nós, por volta das 6 da manhã, de modo que a maior parte do território nacional não vai ver nada. Quem estiver no Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia e em parte do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Amapá pode conseguir observar o comecinho do evento.
Segundo Gustavo Rojas, astrofísico da Universidade Federal de São Carlos, apesar de comum, esse evento não ocorre anualmente, pois depende das configurações de ciclo da Terra, da Lua e do Sol. Em 2013, por exemplo, nenhum eclipse total lunar foi observado. Quando eles acontecem, costumam ser
Eclipses solares

O segundo eclipse solar, em 23 de outubro, será parcial, quando a Lua não fica exatamente na frente dele, e poderá ser visto apenas no Oceano Pacífico e no Alasca.
Chuvas de meteoros

Os principais episódios vistos do Brasil serão Eta Aquarídeos, em 5 de maio; Delta Aquiarídeos, em 28 de julho; Orionídeos, em 22 de outubro; e Geminídeos, em 13 de dezembro. O fenômeno é visível a partir da meia-noite – antes do amanhecer é o melhor horário para avistá-lo – sempre na direção Leste.
Segundo Gustavo Rojas, é preciso olhar para o céu bastante tempo para avistar as chuvas, pois os meteoros podem aparecer em intervalos de tempo longos. Se a Lua iluminar o céu, a visão será prejudicada. As chuvas dos Eta Aquarídeos, em maio, e a dos Orionídeos, em outubro, ocorrem em virtude da passagem pelo rastro deixado pelo cometa Halley.
Planetas em oposição

Para observar um planeta em oposição, deve-se olhar, no começo da noite, na direção Leste, onde o Sol nasce. O ponto mais brilhante será o planeta. Marte fica em oposição no dia 8 de abril, e Saturno em 10 de maio. O período de oposição de Júpiter aconteceu no início desse ano, em 5 de janeiro. O fenômeno é mais visível duas semanas antes e depois da data fixada.
Cometa Siding Spring

O cometa esperado para 2014 não vai passar perto da Terra, mas de Marte.
Trata-se do Siding Spring, que foi descoberto em 3 de janeiro de 2013
pelo astrônomo escocês-australiano Robert H. McNaught.
A princípio, pensava-se que ele poderia colidir com o planeta vermelho,
mas a Nasa já considera essa hipótese praticamente descartada: em abril
no ano passado, a chance de colisão foi estimada em uma para 120 000. A
aproximação máxima do cometa a Marte está prevista para 19 de outubro,
quando ele estará a 110.000 quilômetros do planeta. "Essa distância
equivale a pouco mais de um terço da existente entre a Terra e a Lua.
Nunca houve um cometa passando tão perto assim da Terra", explica
Gustavo Rojas.
A passagem do Siding Spring pode envolver Marte em uma nuvem de poeira e
pequenas rochas liberadas pelo cometa, o que pode provocar um efeito
visual bonito, mas também causar danos aos equipamentos que orbitam o
planeta vermelho, como a sonda Mars Orbiter, lançada em novembro do ano
passado pela Organização de Pesquisas Espaciais da Índia e os robôs
exploradores Opportunity e Curiosity.
Sonda Rosetta

Satélite Gaia

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